quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Trecho do diário amarelo

08/08/08

Que fracasso. Fracassei. Este caderno amarelo era uma tentativa sincera de diário. Diário, no sentido real da palavra. Tudo bem, nem tanto convencional, mas que possuísse uma espécie de continuidade, plenitude, ou outro nome pomposo que o indentificasse como um artefato vivo de idéias. Algo que lhe desse alguma credibilidade, entende?
Queria, de verdade, que ele servisse como uma arma para guerras futuras ou mesmo guerras atuais, ainda que como uma granada reserva. Mas não. Me deixei levar por minha ausência de força. Indisciplina. E hoje nem posso dizer que registro sentimentos aqui. Não, não posso. Apenas criei um guarda-napo encadernado. Uma coletânea de lencinhos para a posteridade. Desprezível. Nada que valha à pena mostrar.

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