Passeio de elevador, meu bem
Você e eu e mais ninguém
Sem saber se ainda pode entrar alguém
O que fazer se abrirem a porta?
Ha ha ha
Pouco importa
Minha mão devagar sob o vestido
Ela dizendo:
- Querido, péra lá!
Minha mão devagar sob o vestido
Ela dizendo:
- Querido...
Nós um só
Um só nós
Um só sentido
Um morder
Um gemido
-Não pára!
Careta, brega
Mais que um amigo
Sem nem poder
Saber como parar
Passeio sem nenhum tipo de dor
Bem diferente do que veio depois
Passar bem pouco tempo a dois
Com quem por todo tempo se quer estar
domingo, 29 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
Horóscopo
"Anjos de um tempo que ainda não existe"
Definição do site da uol para as pessoas do signo de aquário.
Definição do site da uol para as pessoas do signo de aquário.
Sem título
tocou e era engano
eu pensei bem que podia ainda ser
tu
tentou falar alguém
e foi em mim
mas foi
eu pensei bem que podia ainda ser
tu
tentou falar alguém
e foi em mim
mas foi
sexta-feira, 20 de março de 2009
Mais Itamar
Fim de Festa
Meu amor por você chegou ao fim
É o que devo lhe dizer
Também não precisa sair assim
Espere o dia amanhecer
Meu amor por você chegou ao fim
É o que devo lhe dizer
Também não precisa sair assim
Espere o dia amanhecer
quinta-feira, 19 de março de 2009
viagem
estrada da vida
ainda pouco
percorridavida
pouco
da estrada
perda aindaperdida
ida poucoperdidainda nadadavida
persiga
ainda pouco
percorridavida
pouco
da estrada
perda aindaperdida
ida poucoperdidainda nadadavida
persiga
quarta-feira, 18 de março de 2009
Sessão Doces Malditos- Itamar Assumpção
Existem pessoas que mudam nossa maneira de pensar. Outras, nossa maneira de sentir. Itamar Assumpção é do segundo tipo. Depois falo mais dele. Por enquanto, uma letra que eu adoro.
Vida de artista
Na vida sou passageiro
E sou também motorista
Fui trocador motorneiro
Antes de ascensorista
Tenho dom pra costureiro
Para datiloscopista
Com queda pra macumbeiro
Talento pra adventista
Agora sou mensageiro
Além de pára-quedista
Às vezes mezzo engenheiro
Mezzo psicanalista
Trejeito de batuqueiro
A veia de repentista
Já fui peão boiadeiro
Fui até tropicalista
Outrora fui bom goleiro
Hoje sou equilibrista
De dia sou cozinheiro
À noite sou massagista
Sou galo no meu terreiro
Nos outros abaixo a crista
Me calo feito mineiro
No mais, vida de artista
Vida de artista
Na vida sou passageiro
E sou também motorista
Fui trocador motorneiro
Antes de ascensorista
Tenho dom pra costureiro
Para datiloscopista
Com queda pra macumbeiro
Talento pra adventista
Agora sou mensageiro
Além de pára-quedista
Às vezes mezzo engenheiro
Mezzo psicanalista
Trejeito de batuqueiro
A veia de repentista
Já fui peão boiadeiro
Fui até tropicalista
Outrora fui bom goleiro
Hoje sou equilibrista
De dia sou cozinheiro
À noite sou massagista
Sou galo no meu terreiro
Nos outros abaixo a crista
Me calo feito mineiro
No mais, vida de artista
quinta-feira, 12 de março de 2009
A internet e as coisas que dizem dela
A internet não é um milagre. Mesmo para mim, que acredito muito neles, isso é uma certeza. O desenvolvimento das mídias como produtos rentáveis e fôrmas do perfil dos consumidores atuais foi tão grande nos últimos 50 anos que o surgimento de uma ferramenta capaz de um imenso acúmulo de informações não é exatamente uma novidade. Muito menos a globalidade de seu funcionamento. Nada mais natural em um sistema econômico sufocante e esfomeado por lucro como o nosso ,que o condensamento e flexibilidade de serviços, seja de que tipo for. Basta lembar as melancias trangênicas quadradas, crias de laboratórios chineses, desenvolvidas para facilitar o seu transporte e armazenamento.
Interessante lembrar que as dificuldades sofridas durante a Segunda Guerra Mundial atravessarem os limites das trincheiras após o fim do conflito. Todos os bens de consumo considerados indispensáveis hoje, como computador, celular e forno de microondas, nasceram naquele período, impulsionados pela necessidade de se comunicar, guardar documentos e se alimentar da maneira mais rápida possível. O ritmo do capitalismo ditou as novas necessidades e, consequentemente, a consolidação de novas máquinas na vida humana. Portanto, tratar a internet como um achado vindo do nada para facilitar as nossas pobres existências é no mínimo uma posição ingênua.
Que fique claro aqui; não sou contra a internet, de forma alguma. Sem ela a difusão imediata de informações e textos livres, como fazem os blogs, não seria possível. E a minha própria formação individual não seria a mesma.Alguns de meus autores prediletos eu conheci através deles, como Charles Bukowski e Paulo Leminski. O que não aceito é a reprodução de discursos superficiais e preguiçosos, que infelizmente possuem muito espaço na mídia e nas conversas de bar, por mais sinceros que possam ser. É preciso sempre duvidar. "Ai, sem a internet eu não vivo...".Péra lá.
Interessante lembrar que as dificuldades sofridas durante a Segunda Guerra Mundial atravessarem os limites das trincheiras após o fim do conflito. Todos os bens de consumo considerados indispensáveis hoje, como computador, celular e forno de microondas, nasceram naquele período, impulsionados pela necessidade de se comunicar, guardar documentos e se alimentar da maneira mais rápida possível. O ritmo do capitalismo ditou as novas necessidades e, consequentemente, a consolidação de novas máquinas na vida humana. Portanto, tratar a internet como um achado vindo do nada para facilitar as nossas pobres existências é no mínimo uma posição ingênua.
Que fique claro aqui; não sou contra a internet, de forma alguma. Sem ela a difusão imediata de informações e textos livres, como fazem os blogs, não seria possível. E a minha própria formação individual não seria a mesma.Alguns de meus autores prediletos eu conheci através deles, como Charles Bukowski e Paulo Leminski. O que não aceito é a reprodução de discursos superficiais e preguiçosos, que infelizmente possuem muito espaço na mídia e nas conversas de bar, por mais sinceros que possam ser. É preciso sempre duvidar. "Ai, sem a internet eu não vivo...".Péra lá.
sábado, 7 de março de 2009
Conselho
Não deixem os dias
com cara de cu
invadirem suas vidas,
pois ninguém merece
nem mesmo o início
de um dia horrível
com cara de cu
com cara de cu
invadirem suas vidas,
pois ninguém merece
nem mesmo o início
de um dia horrível
com cara de cu
quarta-feira, 4 de março de 2009
Minutos
O moço resolveu não arriscar. Esperou o sinal fechar de novo. Do outro lado o movimento era pouco e as pessoas pareciam temer a cada passo a volta da chuva. Ele queria mais é que caísse de novo e alagasse tudo de uma vez. Uma merda essas poças de brinquedo.
Enquanto esperava e via os carros passarem brilhando do brilho das gotas nos vidros, pensou que não tinha medo. Pensou que poderia sempre fazer o que quisesse. E viu ela chegando e parando, antes de fechar o sinal, do outro lado da rua. Ela também esperava.
Pensou rápido. Ergueu o jornal encharcado de servir de guarda-chuva e mergulhou os olhos, trêmulo. A alta no preço do óleo diesel nunca seria tão útil.
Foi mágico, pois ele não queria, o pescoço e o corpo inteiro erguendo-se em direção à ela. Anos são anos, meu bem, não são dias. Seu braço tentava sozinho sem força abrir-se ao máximo, exibir-se ,vender-se. E o barulho cessou quando o sinal fechou, dos carros, e o do pedestre abriu. Só conseguiu sorrir, sorrir. Mas ela nem notou, eu acho, pois passou sem mais, do mesmo jeito que parou. E foi.
Então a noite pôde descansar as luzes. E a chuva voltou.
Enquanto esperava e via os carros passarem brilhando do brilho das gotas nos vidros, pensou que não tinha medo. Pensou que poderia sempre fazer o que quisesse. E viu ela chegando e parando, antes de fechar o sinal, do outro lado da rua. Ela também esperava.
Pensou rápido. Ergueu o jornal encharcado de servir de guarda-chuva e mergulhou os olhos, trêmulo. A alta no preço do óleo diesel nunca seria tão útil.
Foi mágico, pois ele não queria, o pescoço e o corpo inteiro erguendo-se em direção à ela. Anos são anos, meu bem, não são dias. Seu braço tentava sozinho sem força abrir-se ao máximo, exibir-se ,vender-se. E o barulho cessou quando o sinal fechou, dos carros, e o do pedestre abriu. Só conseguiu sorrir, sorrir. Mas ela nem notou, eu acho, pois passou sem mais, do mesmo jeito que parou. E foi.
Então a noite pôde descansar as luzes. E a chuva voltou.
terça-feira, 3 de março de 2009
domingo, 1 de março de 2009
10 motivos para não morrer
1. As histórias que, a despeito de tudo, só nós podemos contar
2. As mulheres que teimam em sonhar em nos comer
3. O disco que alguém vai gravar ano que vem
4. A possibilidade de contar as histórias do primeiro ponto
5. Uma garrafa de absinto
6. O Teatro
7. As conversas que ainda não tivemos, varando madrugadas, com as pessoas que gostamos pra caralho
8. Fazer uma canção alegre com o parceiro melancólico
9. Superar Vinícius de Moraes em número de parceiros musicais
10. Sexo Tântrico
2. As mulheres que teimam em sonhar em nos comer
3. O disco que alguém vai gravar ano que vem
4. A possibilidade de contar as histórias do primeiro ponto
5. Uma garrafa de absinto
6. O Teatro
7. As conversas que ainda não tivemos, varando madrugadas, com as pessoas que gostamos pra caralho
8. Fazer uma canção alegre com o parceiro melancólico
9. Superar Vinícius de Moraes em número de parceiros musicais
10. Sexo Tântrico
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