"O importante é não esquecer que o ódio nos espreita e carrega milhões de disfarces e boas intenções, o ódio brasileiro afaga, convida pra ir jantar e é o melhor anfitrião do mundo, o ódio é doce como uma compota caseira e sempre concorda contigo, ele é o rei dos elogios e às vezes aponta pequenos defeitos para valorizar as virtudes que nem você sabia que tinha, o ódio é surpreendente e encantador, ele tem muita paciência, o ódio é desprendido e jamais vai perder o timing, ele é a Vovó da Casa do Pão de Queijo, ele é bom vizinho que planeja seu fim toda vez que o beija na face e, uma hora, – pode escrever - ele vai dar o bote e estragar tudo, de leste a oeste e de norte a sul. Ininterruptamente. Portanto, quem puder amar, que ame e seja feliz e atire a primeira flor..."
Leia todo o texto: http://congressoemfoco.uol.com.br/coluna.asp?cod_canal=14&cod_publicacao=35378&filha=1
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Sem qualquer intenção
Olha, não venha me dizer o que eu não posso fazer
pois é daí que vem a força e aí é bem pior
e eu fico bem melhor
então nem precisa tanto incentivo assim
pra mim,
tá entendendo?
Formiga de fogo, mermão, formiga de fogo.
Nem aí pra pata de elefante.
O céu com lua ou sem lua sempre é o céu
não importa o que diga a mulher do tempo
na televisão.
Pois então,
quero mais é que falem mal.
Quero ver quem ri com dentes e gengivas
no final.
pois é daí que vem a força e aí é bem pior
e eu fico bem melhor
então nem precisa tanto incentivo assim
pra mim,
tá entendendo?
Formiga de fogo, mermão, formiga de fogo.
Nem aí pra pata de elefante.
O céu com lua ou sem lua sempre é o céu
não importa o que diga a mulher do tempo
na televisão.
Pois então,
quero mais é que falem mal.
Quero ver quem ri com dentes e gengivas
no final.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Pele sobre pele
Teu corpo é por onde amanheço invertido
Livre de minhas virtudes
Lúcido e ácido
Por entre as boas maneiras ao pé da cama
Por antros à toa esquecidos na noite
Por todas as cores e sons de nós dois
Eu procuro os trocados no bolso da calça
Que é tua e não minha, afinal
Eu esqueço todos os teus sobrenomes
Eu nunca soube os teus nomes oficiais
Como a blusa que é minha e não tua
Amanheço amassado e sem dramas
Arreganho as vontades mais fundas
Antecipo o teu gozo em meus pêlos
E desaprendo para sempre
As bobagens que chamam de alma
Livre de minhas virtudes
Lúcido e ácido
Por entre as boas maneiras ao pé da cama
Por antros à toa esquecidos na noite
Por todas as cores e sons de nós dois
Eu procuro os trocados no bolso da calça
Que é tua e não minha, afinal
Eu esqueço todos os teus sobrenomes
Eu nunca soube os teus nomes oficiais
Como a blusa que é minha e não tua
Amanheço amassado e sem dramas
Arreganho as vontades mais fundas
Antecipo o teu gozo em meus pêlos
E desaprendo para sempre
As bobagens que chamam de alma
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
instante
é preciso, capitão, abandonar as costelas
para poder parir asas sob as nossas axilas
mas somente as flutuantes, segundo Olivia,
dona de constelações
para poder parir asas sob as nossas axilas
mas somente as flutuantes, segundo Olivia,
dona de constelações
terça-feira, 9 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Status
O náfrago precisa de esperança
se ele gosta do status
de sobrevivente.
Pois se já se acostumou com o vazio
passa a ser somente um
residente do caos.
Só mais um
hóspede do abandono.
E conserva aquele gosto amargo
dos seres subordinados.
se ele gosta do status
de sobrevivente.
Pois se já se acostumou com o vazio
passa a ser somente um
residente do caos.
Só mais um
hóspede do abandono.
E conserva aquele gosto amargo
dos seres subordinados.
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