quinta-feira, 12 de março de 2009

A internet e as coisas que dizem dela

A internet não é um milagre. Mesmo para mim, que acredito muito neles, isso é uma certeza. O desenvolvimento das mídias como produtos rentáveis e fôrmas do perfil dos consumidores atuais foi tão grande nos últimos 50 anos que o surgimento de uma ferramenta capaz de um imenso acúmulo de informações não é exatamente uma novidade. Muito menos a globalidade de seu funcionamento. Nada mais natural em um sistema econômico sufocante e esfomeado por lucro como o nosso ,que o condensamento e flexibilidade de serviços, seja de que tipo for. Basta lembar as melancias trangênicas quadradas, crias de laboratórios chineses, desenvolvidas para facilitar o seu transporte e armazenamento.
Interessante lembrar que as dificuldades sofridas durante a Segunda Guerra Mundial atravessarem os limites das trincheiras após o fim do conflito. Todos os bens de consumo considerados indispensáveis hoje, como computador, celular e forno de microondas, nasceram naquele período, impulsionados pela necessidade de se comunicar, guardar documentos e se alimentar da maneira mais rápida possível. O ritmo do capitalismo ditou as novas necessidades e, consequentemente, a consolidação de novas máquinas na vida humana. Portanto, tratar a internet como um achado vindo do nada para facilitar as nossas pobres existências é no mínimo uma posição ingênua.
Que fique claro aqui; não sou contra a internet, de forma alguma. Sem ela a difusão imediata de informações e textos livres, como fazem os blogs, não seria possível. E a minha própria formação individual não seria a mesma.Alguns de meus autores prediletos eu conheci através deles, como Charles Bukowski e Paulo Leminski. O que não aceito é a reprodução de discursos superficiais e preguiçosos, que infelizmente possuem muito espaço na mídia e nas conversas de bar, por mais sinceros que possam ser. É preciso sempre duvidar. "Ai, sem a internet eu não vivo...".Péra lá.

Um comentário:

Marta Martins disse...

Olá Abílio,
Concordo que a internet não foi inventada com o intuito de melhorar existencias individuais. Como todas as invenções mencionadas, ela também foi criada devido a necessidade de otimizar a comunicação (uma questão central no nosso mundo, essa necessidade de nos comunicar eficientemente).
Mas o meu ponto é que os criadores não tinham muita idéia do que estavam criando. Quando o protótipo de uma rede desse tipo foi criado o computador de mesa estava longe de ser uma realidade.
Lógico que a grande rede servio, e muitíssim bem, ao capitalismo. Assim como a sua ppularização também só fi possível devido a dominancia do capitalism no mundo.
Mas o interessante dessa rede é a liberdade. Ao contrário dos outros meios decomunicação em massa, nela qualquer um pode atuar como o comunicador. A graça tá aí, a sua massificação pode até ser fruto de uma conveniencia do mercado, mas ela está aí podendo ser manipulada pór qualquer um. Servindo para uma ampla disseminação de todos os pontos de vista.