O Encontro Regional de Comunicação tem cheiro, tem peito, tem vida. Não é apenas uma reunião passageira de um monte de gente que não tem o que fazer. É um encontro. Um confronto pacífico de pessoas diferentes, nascidas em lugares e histórias diferentes, mas que estudam e discutem, e tem coisas a dizer, sobre os mesmo assuntos. Se refletir é essencial para tentar entender e intervir em qualquer problema ou assunto dessa vida, encontrar o outro e reconhecer-se nele é inevitável para o crescimento dessa reflexão.
Mangueira é o nome da cachaça que o menino da delegação do Piauí botou em minha mão. Tem um gosto amargo e forte, de coisa queimada. Alda é o nome da menina que canta Caetano Veloso como quem nina um bebê. E Imperatriz, no Maranhão, é longe, muito longe... Procuro fazer silêncio, achar uma posição confortável na roda, e somente escutar. É preciso contemplar essas pessoas que sorriem e bebem como eu. São alegres como o tempo de cinco dias, o tempo que dura esse encontro. Abrem o livro do Vinícius e sorriem de um poema que ninguém entendeu. E o maranhense, gargalhando, diz: "Ainda se dizia poeta".
Aprendi a fazer massagem na costa corretamente. Igoberto, piauiense, massoterapeuta, estudante de Comunicação, me deu umas dicas. A mão deve ser leve e firme, segura. Descobri o quanto faz bem para quem faz. Sotaque nordestino;"não enxague a mão não quando terminar de fazer. Deixe a água escorrer de suas mãos. Assim a energia de quem foi massageado fica em você." Fazem filas sob minhas mãos. E eu durmo cheio de energia.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
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3 comentários:
Esta bonito o seu texto!
Olha "outras nozes", escrevi uma coisa, queria tua opinião, bora arranjar um jeito de divulgar nossos blogs, o anonimato, é a prisão de uma alma.
Meu bem, se meu texto é bem falado, o seu é maravilhosamente imaginado. São poucos que conseguem poetizar essa prosa tão complexa que são os encontros estudantis. :)
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