Se pudesse, diria que o problema é esse sentimento de que é preciso fugir todos os dias. A razão porque todos falam tão rápido, o medo de ouvir a própria voz. Diria que não é tanto pelo dinheiro e nem pelos carros, ou pelo futuro brilhante que não cala, já que no fundo não há garantia de nada. E tentaria romper o silêncio devagar, para não parecer estúpido. Também diria que de todos os lados o risco é alto, tanto para quem paga o imposto quanto pra quem roubo a carga. O produto, como dizem no desmanche. Tentou explicar um dia, mas não deu.
Escreveria uma carta, contaria tudo. Desde o primeiro dia e do peito como tava, até os olhos com os faróis no rosto. Bem que sentiu algo estranho.
Se pudesse, cairia fora muito antes desse dia.
domingo, 16 de novembro de 2008
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